Assim, da janela, olhando a vida passar. Observando os gestos, as pessoas, as pedras na rua, tentando encontrar pedaços de sonhos. O sorriso que ninguém consegue ler. A tempestade presa em olhos castanhos. Mas tinha estrela também. Aquela estrela ali, quase ofuscando. Isso me devolve serenidade, esse saber que em todo céu mora uma estrela. De vez em quando ela resolve descer, é quando brota paixão.
Caiu uma estrela na minha janela numa noite que chovia. Meu coração havia deixado de iluminar também, alternava leves piscadelas. Então a estrela me contou que veio reacendê-lo. Não entendi muita coisa. Só que ela me tomou pela mão e me levou até sua nuvem. Tão bom voar. Tão bom luz. A nuvem era macia e eu podia morar ali para sempre. De lá de cima, aqui embaixo parece nada. Mas uma coisa me chamou a atenção: estrelas. Não me chame de louca, mas havia estrelas aqui, aqui: nesse chão, no meu, no teu.
Não foi preciso muito para que minha guia pelo céu explicasse tudo: vocês de lá, enxergam nosso brilho. Nós dormimos durante todo o dia esperando nosso tempo de fazer o céu mais enfeitado. Daqui de cima, nos surpreendemos a cada movimento que vocês dão. Me refiro aos movimentos em fantasia. Aqueles onde vocês parecem pisar em nuvens, como chama? Paixão? Isso, paixão. Todos esses pontos luminosos que você enxerga daqui, ao olhar pra baixo, são corações em par. Alguns brilham distantes, percebe? As cores identificam os pares. Nós, estrelas, temos também a mania de, ao notarmos as afinações entre essas melodias esparsas, lançar um pó de encanto impregnado de pureza e angelitude. E assim sendo, vocês se tornam nossas estrelas. Os papéis se invertem - chão e céu se misturam.
Desci outra vez. Pousar em casa tinha um perfume doce. Ser o céu das estrelas é fazer da noite um sonho. Desejei que pulsasse em mim um luzir sereno e infinito. Ela me explicou o coração, mas eu já nem lembro de quase nada. Percebo quando ele pede asas. Quando sonha uma voz. Piso em nuvens, mas o vôo é incerto. É o mundo aborrecido, sem deixar molhar.
Lembra quando teu amor choveu em mim?
A famosa Jaya! permita-me! Fernando Locke, amigo de Mr Ziggy, de JU Caribé, de Felipe Garcia e demais uma penca! EStava curioso pra ler um pouco o blog da garota que tanto eles falavam e se era realmnete bom. constatei que era verdade! :) Mto bom o ue vc escreve! tem unidade temática, é concreto,tem questionamento, prende minha atenção! Meus parabéns! espero que não se importe de eu te adicionar lá no meu blog, ok? abraço!
ResponderExcluirAh, sua melodia faz bem aos meus ouvidos, menina Jaya. Tão menina você assim perdida no meio das estrelas, encontrando seu clarão, buscando essa bioluminescêcencia que você não sabe, mas já tem desde que nasceu.
ResponderExcluirEu sou suspeito pra comentar seus textos. Mas posso destacar uma partezinha que gostei demais da conta? "chão e céu se misturam." Isso é que faz brotar os sonhos, né? Quando você tem o chão, mas o confunde com o céu... tudo vira uma coisa só.
Obrigado pela poesia nessa manhã de domingo.
beijo.
Tava lendo seu texto...
ResponderExcluirAinda perdida em meio a estrelas, pensando onde anda minha estrelinha-irmã, aquela que brilha como eu em algum canto do mundo. Porque depois de voar no seu poema em prosa não dá para voltar ao chão, cheia de "estrelas" na cabeça, brilhando, se perguntando, matutando sobre o chão e o céu...
Amei encontrá-la mais uma vez aqui, no seu cantinho...
Um cheiro, linda! E boa semana pra ti!
Depois passa no Dominus para ver as novidades. Algumas eu recomendo, outras nem leia (é perdade tempo!) :O)
Até mais!
belo texto.
ResponderExcluirtocante.
beijo
Ela caminhava com seus passos de bailarina, e a brisa tocava como se seus pés tocassem em teclas de piano. Ela sorria e os anjos se enterneciam e era só paz que reinava.
ResponderExcluirEla dançava como se não houvesse chão, como se, no ar, pudesse dar piruetas e depois pudesse pousar como uma borboleta na flor.
Ela era estrela reluzente no meu céu...
Beijos.
Ei!
ResponderExcluirNossa , você escreve muito bem!
Parabéns! Seu jeito de escrever me lembra um pouco Marina Colasanti, já leu?
Eu estou fazendo um blog pela primeira vez, não tenho o costume de ficar escrevendo tanto, nunca imaginei (passeando pelos blogs) que havia tantas pesoas de talento!
Um grande beijo, está de parabéns!
Que texto lindo, Jaya...
ResponderExcluirBom voltar por aqui e ler as coisas com calma...
=)
Besos, guapa...
As palavras ns tuas mãos tornam-se música, Jaya.
ResponderExcluirAmei o texto.
Se não te incomodares, te linkei.
Guriaaaaaaa, sou sua fã. Eu tava aqui com um humor horrível e chego aqui e vem vc com essas palavras mansas, mansas, e fico melhor.
ResponderExcluirBrigada!
QUe lindo post!
ResponderExcluirFiquei sem palavras!rs
Vou te likar adoro seu blog!
Beijo*
Jayaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirque saudades daqui também!!!
Até que enfim você tá de volta aqui nesse mundinho né?
hehehehe
vê se não some assim mais não, pq a gente precisa dessas palavrinhas lindassssssss
=*
As palavras tem o poder de nos transportar com uma leituras dessas, até me senti próximo às estrelas, hehe ..
ResponderExcluirLindo texto, Jaya, beijão !!
Ti lindo!
ResponderExcluir"Lembra quando teu amor chover em mim?"
ResponderExcluirMuito "correto" isso que você escreveu...
Me identifiquei bastante ;)
___
Tava sumida moça...
...oi, Jaya... primeiro que tudo: tava com saudades de te ler aqui, que bom que está de volta. Bom, vi a data do teu post e percebi como estávamos diferentes, digo, você e eu... Você falando de amor, sonho, céu e estrelas. Eu experimentando na carne e na alma a dor de quando tudo isso de que você fala desaba de uma só vez, qual castelo de areia por mar revolto. Apesar de ainda me sentir naufragado, tuas palavras me trouxeram um pouquinho de paz - e eu te agradeço por isso, querida. Beijão...
ResponderExcluirtá apaixonada?! que texto lindo!
ResponderExcluirminina, sorry, mas não consegui postar no dia da Ana Fernandes! Fiquei tão bitolada fazendo o tcc que só lembrei que tinha que postar lá no dia 15! daí desencanei! espero que vc consiga postar amanhã!
beijos!
Você está de volta e voltou com textos lindos, para não variar.
ResponderExcluirGostei do que li e identifiquei-me nele. Se tudo é assim mesmo como relatas, então também ando em nuvens e transformei-me em estrela. E possuo o meu par.
nossa, sem comentários!
ResponderExcluirestou encantada!
Principalmente com a frase:
" Lembra quando seu amor chovia em mim?"
Demais!
Na verdade o blog todo me encantou!
beijoooo
te indiquei a um meme super LEGAL!
ResponderExcluir=*
Texto fofo.
ResponderExcluirNum tom infantil sabe ???
Dps passa no meu
Bjs =)
Aprendi com o seu texto que brilhar é um bom sinal! E confesso que também entendi porque não consigo me sentir só, apesar de frágil, quando comtemplo o céu estrelado. Elas estão lá, me observando, colorido. E a cor que complementa a minha, distante.
ResponderExcluir"De lá de cima, aqui embaixo parece nada."
Oi, guapa!!!
ResponderExcluirEu não tenho estado com muita paciência, por isso férias nos textos do Dipirona...
Disse que sou "encontrável" porque tenho um outro bloguito, mais light (entenda-se: eu escrevo texto bem mais curtos... rsrs...)
http://delirio-niilista.blogspot.com/
Mas estarei visitando amigos - porque é tão bom... =)
Besos e um ótimo final de semana...
Que delícia reler-te! Que bom contemplar a interseção entre teu chão e teu céu! Não sei como você consegue viver assim, pisando com sapatilha de ponta, delicada feito bailarina, pisotear a nuvem sem deformá-la. Não, Jaya. Pelo contrário: você esculpe as nuvens. E o céu da gente passa a ter mais um motivo pra ser mais azul, pra ter um sol escaldante de dia e estrelas repletas de "angelitude" nas madrugadasm sejam elas solitárias ou não. O fato é que toda essa poesia em que mergulhei ressoou feito serenata em meus ouvidos. E eu dancei. De olhos fechados...
ResponderExcluirBjos!
Olá! Adorei este blog! Parabéns pelo visual e pelos textos interessantes e agradáveis! Permita-me dizer que seu bom gosto é único... Fiquei só imaginando quais imagens ele teria...
ResponderExcluirTenha um bom fim de semana!
Abraços.