Os avessos às vezes já nem sabem enxergar clareza, daí insistem em rebuscar de maneira exagerada aquilo que a poesia mostra através de sentires múltiplos. Mundos. Cheiro musicado de caminhadas por ruas que nem se sabia existir. Avelãs e uma estrada de muitas folhas. É o eterno redescobrir-se e o jamais saber-se quem. É o ato sereno de se agachar na beira da fonte de água-diamante, e bebê-la fazendo das mãos conchas entendendo estar recheando-se em pérolas que não alimentam riquezas fúteis, mas espíritos de luz. São chuvas tempestuosas que secam esperando um sol mais amarelo, e um arco-íris que se torna invisível no passar dos anos, sem você, nem eu, nunca termos escorregado nele. É época de morangos, quando se fala em amor-teu, da menina. Um quarto, cheio de riso abafado, ecoando na casa inteira. É o não saber-se só. Um ouvir de passos e o fingir-se dormindo, pelo prazer de ser envolto num cobertor de proteção. Dele. Dela. Café na porta. Uma gargalhada a anúncio, de uma criança - tantos sem-fins de clichês exorbitantes. Um enovelar de destinos. Um pecado. Um rubor. Um peito deserto, ainda com fontes de lágrimas. E uma ponte, que se faz entre mãos que se abraçam. É um temer pela brevidade do agora. E um tremer, ao chegar ao firmamento, e roubar estrelas. Depois, uma história incoerente do retorno, como se ninguém houvesse notado os rastros de pó, reluzindo em tantos pés. É (des)encontro. Doce. E leve. Levo.
Vida acaba sendo qualquer coisa assim: como o teu sonho repousando no meu.
Tão linda...
ResponderExcluirTão linda? Só isso? Nananina: tão linda, tão gostosa, tão poeta, tão eu, ela e Lipão fazengracinha, tão um tandicoisa, cara. Tão linda é pouco demais. Porque ela vai além de. Ela sabe ir. Dá mãos, pés, dedos, pra quem quiser acompanhar. Pois eu fico com o abraço... sentindo, esmiuçando. Por isso eu volto depois, pra comentar à altura que ela merece.
ResponderExcluirBeijos muitos, Jayô!
Zy
...e nossos pensamentos meio que se cruzam mesmo, Jaya, já que vida é asim mesmo, como avessos sobrepostos que turvam a mente, e abre espaço pra poesia que se faz dos momentos de conta-gotas, bons, secretos como "segredos de liquidificador", e só sabe quem realmente sabe levar. Doce. Doce(mente), mente de razão, mentira de alma, como aqueles biscoitos de vó do lanche no final da tarde.
ResponderExcluirQuanto ao teu comentário, fui reler o texto, e de fato fiquei impactado pela coincidência - mais uma -, dessa vez apenas mais clara (porque nem sempre os avessos sobrepostos conseguem turvar as imagens...), e aqui aproveito pra plagiar parte de meu próprio comentário à época: "interessante como um texto escrito a seis mãos consegue manter o mesmo tom do início ao fim. Talvez seja porque as reflexões de vocês se encontram em sentimentos equivalentes na hora da escrita, e talvez seja exatamente por isso que escrever tenha toda essa mágica". É a mágica da escrita, Jaya, é isso que faz com que sentires e pensares pairem no ar e sejam captados por nossas mãos-antenas-teares = texto. Talvez todos os textos, na verdade, sejam um só, compartilhando retalhos de uma mesma estória que eternamente se (re)faz...
Carinhos e bjus pra ti (e desculpas pelo enorme comentário, quase-post...),
do alex
=D
belo dmais o texto
ResponderExcluirSem palavras...
ResponderExcluirTal poema é melhor nem ser comentado, ou corro o risco de cometer alguma injustiça dizendo algo que não deveria...
Doce... Gosto das tuas sempre palavras doces..
Beijos
eu gosto de beber dessas fontas d sabedoria e beleza...seus posts são mensagens simples envoltas de belos diamantes...são o sentimento expresso por sentimentos,e exemplos...o inverso de um bebê..que só sabe uma palavra...mas com ela quer dizer várias coisas...
ResponderExcluir^^...
amo passar aqui...
... deixou-me marcas ao ler. pensei cá em pequenas-grandes-coisas-momentos-passagens. como janelas que se abrem para um novo sentir. gosto do gosto que deixas com tua escrita...
ResponderExcluir[obrigado]
beijos, meus
paulo
oooowwwwwtiiiii
ResponderExcluire o texto pode ser de amor e pode ser de amigo.
também pode ser de amor amigo.
ou de amigo amor.
tanto faz!
Mais um texto lindo.
ResponderExcluir'É o eterno redescobrir-se e o jamais saber-se quem.'
Beijos
=***
Assim falou a poeta =]
ResponderExcluirAaaahh que preguiçaaa..saca tipo Urso?rsrsrs..
ôw pergunta p nova norma gramatical, afinal seria show u chiar, com "X"
adooooooooro.Você
flores.
Ah Jaya, uma hora dessas tu me matas, de tantas coisas bonitas que tu escreves aqui.
ResponderExcluirOlha isso:
"É o ato sereno de se agachar na beira da fonte de água-diamante, e bebê-la fazendo das mãos conchas entendendo estar recheando-se em pérolas que não alimentam riquezas fúteis, mas espíritos de luz".
Vê que coisa mais linda tu escreves. Tão profundo, tão poético.
Eu nem vou ousar a falar muito mais, porque minhas palavras soam pequenas perto de uma arte escrita como a sua.
Faço-te apenas uma reverência agora.
Ode a grande escritora Jaya.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
qualquer palavra que eue screver aqui vai ferir a grandiosidade desse post...
ResponderExcluirreverencio-o com meu silêncio pois!
Beijo e feliz hj!
dá p/ fazer uma ilustração desse post. se eu tivesse talento faria!
ResponderExcluirbeijo!
... uma eterna juventude mental: precisamos disso, precisamos disso pra poetar e poetizar e viver...
ResponderExcluire quanto aos poetas uma simples pedra no caminho gera-lhe um arroubo, um simples leiteiro vira tesouro, calhas de roda entretêm a razão e se pode ir a um pomar colher amoras e amores.
tua escrita parece abraço, me sinto abraçado ao ler-te...
Rebuscar a consciência faz bem, Jaya. Em vários sentidos que o verbo permite. Mas tornar a vida uma constante de rebuscações é potencialmente perigoso. Porque é torná-la falha, monótona, parnaseana. "Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." Nem Manuel, nem você, nem eu.
ResponderExcluirAquilo que a poesia mostra, portanto, das mais diversas maneiras, deve ser natural. Deve ser sincero. Deve ser um sonho. Deve ser.
Agora, mentirosa, você, Jaya. Pois acabo de voltar ali do meu arquivo de conversas de msn - sim, eu tenho um - e constatar que você tinha me dito que tinha postado uma bosta. ¬¬
Oxe, como diria você.
"Madalena-tão-querida-que-já-é, a mim!"
ResponderExcluir- Quer me fazer derreter? Não tente, não possuo matéria. ;(
Ah, Jaya, como me tira da apatia sem me comover.
Não creio que ela vá mudar de cor, afinal, a cor é dela, não é mesmo?
E se assim não for, o efeito da cor está nela, está nos olhos dela - quase uma daltônica. Isso basta.
Entretanto, garanto que ela tem mais tantas cores que nem se pode contar.
Perdoe-me, eu não estou em Itabuna. Nem em lugar algum. É só o domicílio pra receber correspondências e quaisquer intimações. Em verdade, estou presa a uma circunscrição difícil de me evadir - nem sei se quero/consigo.
Confesso, porém, que tive vontade de pular os muros pra te ver. Peço, por isso, que não extinga o poder de tal convite. Logo irei até à praia lavar a alma.
Outros tantos beijos.
E mais um pedaço do meu coração.
Tu ficas triste com o meu, e eu super feliz com o teu post. Sempre lindo, sempre!
ResponderExcluirE prometo que vou ficar bem, viu?
Amo!
Beijo, beijo, flor querida!
A breve leitura do teu olhar me fez navegar por águas repletas de poesia e beleza... Amor-amizade e algo mais.
ResponderExcluirA vida é isso aí, esses fragmentos que tu colocas nas tuas linhas.
Lindo texto Jaya, muito bonito mesmo. Teu lirismo me encanta.
=]
Beijos moça, saudades.
^^
Jayaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!
ResponderExcluirIsso foi o que eu chamo de um ataque cardíaco do bem.
Quero roubar estrelas também, roubar essas letras lindas, e roubar você. Depois de uns mil anos eu devolvo, tá?
Muito amada.
Beijo beijo!
É o eterno redescobrir-se e o jamais saber-se quem. Genial Jaya.
ResponderExcluirBeijo-te com sauade.
Ah, que delícia te ler. Sempre te tenho perto quando leio tuas linha, é como se eu absorvesse um pouco de ti.
ResponderExcluirO Thi é lindo, um doce de pessoa e escreve divinamente, então não tem como não fazer uma ode a ele. Se eu tivesse tanto talento, também o faria!rs
Linda a amizade de vocês, Jaya. Duas pessoas incrivelmente talentosas, iluminadas e de uma sensibilidade sem tamanho: o que mais a vida poderia querer?
Não, Jaya, tu que és meu orgulho.
Beijos
a vida, minha cara, é a arte do encontro embora haja tantos desencontros ;o)
ResponderExcluirbeijocas e boa semana,
MM.
É bom e feliz saber que compreende-me; que chego como acorde; que chego; que basta!
ResponderExcluirMelhor é sentir os beijos que me alcançam!
Talvez nem possa mais retribuí-los à altura. Mesmo assim, tento:
Beijos a mais.
Ownnn... Me passa toda a cena, dá até um suspirozinho sonhador... Lindo, lindo.
ResponderExcluirBjos!
Jaya, Jaya, Jaya... Desculpa por ser relapso. Mas preciso estar num momento pra ler e ao mesmo tempo me inspirar.
ResponderExcluirAcho que não vale ler sem se inspirar, sem sentir. E a maioria das vezes em que te leio vem logo o impulso de escrever.
Elogios não fazem falta.
Não é uma pintura?
ResponderExcluirPois eu vi assim!
Beijo!
Toni.
Oun Jaya minha flor, já te disse que você é pura poesia e doçura? Provavelmente já te escrevi isso aqui, milhares e outras vezes, hehe.
ResponderExcluirQuero ler-te em livro viu. Puro encanto ler você.
Beijoo-te muito.
poesia em prosa congênita, sanguínea e cardíaca.
ResponderExcluirlindo.
[para o tripé??(Oo)]
beijo
(:
Não li ainda, mas passo com mais tempo para degustar seu escrever com gosto de suco de manga... forte, mas dociiiinho... rsrsrs... :D
ResponderExcluirLindo Jaya, delicado e eenvolvente.
ResponderExcluirDeixo já a minha reclamação de que também quero um texto. (hahaha!)
Saudades tuas, moça!
Um beijo!
É isso que eu falo.
ResponderExcluirMaravilha de fulguras no texto.
Jaya, vou te roubar pra mim.
Posso?
rsrsrsrs
Os textos já eram bons, mas olha, depois que tu mudou pra "líricas", os textos deram um salto de anos-luz em qualidade.
É gostoso ver a evolução do teu coração.
Beijos
Jayinha
Te adoro!
Minha crítica literária predileta,
ResponderExcluirO seu maior talento ainda é a capacidade de se ver cores,ouvir sons, sentir o gosto e o cheiro das coisas quando se lê teus textos, ser transportado pra dentro da paisagem interna ou externa de quem escreve, dialogar com sua emoção. Essa capacidade de nos jogar dentro do seu poema, você tem,e, por conseguinte, de nos jogar dentro de você, conhecer, tocar, ver a sua natureza íntima. E ver sua paisagem interna é contemplar um campo de girassóis explodindo em amarelos solares.
Tecla SAP again: Você tem talento.
Parabéns.
Agora, uma curiosidade: não sei se é influência, mas sempre que leio seus textos, vejo o universo puro, quase lúdico dos textos de Emily Dickinson. Acertei?
Aproveito pra te dizer que voltei a escrever.Tô falando de pessoas intensas como vc no meu último post, e do preço que se paga por isso, e as consequências que essa intensidade tem nas nossas vidas e na de quem nos rodeia.Apareça quando tiver um tempinho.
Bjo
a vida acaba sendo aquilo que ela é. como diz vinicius; pra td tem de ter um pouco de rosa. eu vivo um mar delas, as vezes. bjssss
ResponderExcluirÀs vezes eu fico lembrando a primeira vez que te li, menina. Vinha pulando de blog em blog, lendo um pouco aqui, um pouco ali. Até te achar, ler e voltar para reler.
ResponderExcluirPrimeiras impressões sempre ficam e, com elas, ficamos nós por onde as encontramos.
A paixão pelas letras bem escritas é coisa antiga e sempre se faz presente quando com essas letras se encontra.
Lendo esse post, me lembrei de Letícia, cuja escrita é um bálsamo e um prazer eterno (http://leticiapalmeira.blogspot.com/)
Mas o que continua me impressionando em ti é que esse texto maduro já se faz em tão jovem idade ... e toda a harmonia que possui, a beleza dos períodos, a mistura deliciosa de prosa com poesia, tudo isso é um eterno agradar ...
Doce. Leve. E eu levo um sorriso após passar aqui, pelo simples prazer de te ler ...
Passei pra buscar um pouquinho de tranquilidade e beleza que suas palavras sempre me concedem.
ResponderExcluirObrigada, mais uma vez saí daqui mais em paz.
beijooo
Jaya,
ResponderExcluirCada vez que volto aqui, fico a sorrir. Sorrisos gratuitos me fazem. Porque vc fala de amor, paixões. Com uma leveza que não deixa de transmitir toda a intensidade dos momentos vividos. De todos os sentires. Cheiro de amor no ar, fica. E transborda nos teus versos.
Lindo, lindo. E ficarei repetitiva mais uma vez. E por isso, nem me importo. Pq vc é assim mesmo, LINDA.
Parabéns!
E deixo aqui um beijo meu, de rastros de felicidade.
Bjus!
Ah, repousar de sonhos... fofinho e ispirador.
ResponderExcluir=D
Falei que lia, oras...
Jaya, querida, meu blog está temporariamente fechado para convidados. E você é umas das pessoas que eu quero sempre ter o prazer de encontrar por lá... me passe depois seu e-mail pra eu poder te mandar o convite de acesso, ok?
ResponderExcluirUM beijo!
Oi, querida, fiz uma opção de escrever aqui numa postagem mais antiga. Você é inteligente, com certeza entenderá o porque. Bom só espero que encontres esse comentário...
ResponderExcluirJaya, já virou hábito você mexer comigo através de suas palavras. Com certeza trata-se de um fenômeno natural e bastante comum à todos os seus leitores, o de se identificar nos sentimentos de tuas postagens, entende? Comigo também acontece...
Mas algo que você disse agora, me deixou realmente intrigado, surpreso, sei lá... Não posso escrever ou me explicar demais, sob pena de uma exposição desnecessária e certamente problemática, mas de onde surgiu o comentário sobre páginas arrancadas que nos levam de forma mais rápida a um final?
É fruto de uma experiência própria ou há alguma informação extra nele, talvez sobre mim? Ago que você saiba a meu respeito.
Desculpe a tolice/estranheza da pergunta, é que todo esse mistério em torno de você, somado àquele fenômeno que tentei descrever acima, às vezes, no leva a imaginar coisas demais.
Desculpe, acho que você não poderá entender, mas eu precisava te perguntar isso.
Bom, só espero que você encontre essa pergunte e a responda logo, sinceramente, como forma de aliviar uma mente perturbada - a minha, no caso.
Desculpe o incômodo.
Com carinho. Parabéns sempre, menina.