Me explica, que às vezes tenho medo.
Deixo de ter, como agora,
quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes.
Mesmo sem compreender, quero continuar aqui
onde está constantemente amanhecendo.[Caio F.]
Deixo de ter, como agora,
quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes.
Mesmo sem compreender, quero continuar aqui
onde está constantemente amanhecendo.[Caio F.]
Eu queria não pensar tanto. Não sonhar, tanto. Queria poder quebrar as fantasias e pisar firme no chão, com os dois pés. Mas minhas asas não deixam. Elas me levam para um ponto tão, tão alto, que fica difícil não te notar. O céu é o mesmo. O céu é o mesmo. Um mantra, pra não deixar doer. Não quero doer. Não vou.
Teve um dia onde meu coração foi cenário um tanto shakesperiano. Atos assassinos existiram, dramatizados, e muita coisa morreu em mim. Nesse mesmo dia, apareceu você. Uma intensidade demente, alguma coisa sendo sem ser, teus acordes, músicas deles, lágrimas minhas e silêncio. Madrugada que me amanheceu. Um amanhã, seu.
Minha alma sempre teve qualquer coisa de viola, sem canção feita, ensaiada. E todo encontro de notas faz ecoar meu coração desafinado. Meu coração. Por que chamar de meu algo que é tão preenchido pelos outros? Meu coração tem tantatantatanta coisa alheia que já nem cabe mais em mim. Um acúmulo só bom. Agora, cata aqui, ó: toma esse pedaço, é teu. Arranca, cola em si, joga fora, mas não me deixa sentir sozinha. Sozinha é muita coisa.
Eu já sorrio sem medo de você ler teu nome em meus lábios. Esqueço os olhos no azul e assovio impulsos. Não procuro definir nada. Eu entendo tudo como aquela sensação de primeira vez, de coisa única, de inefabilidade. Mas sempre surge uma relutância exorbitante que nunca acalma. Uma certeza triste e palavras grandes sendo usadas. Meu lirismo virando incenso, queimando pelo quarto, chegando até você, voltando pra mim e aquele cheiro indefinido daquilo que não se nomeia. Se sente. Eu sinto.
Nada concreto, então? Eu escolhi ser. Mentira, droga. Quis fugir, ignorando saber que já estava lá dentro. Dentro disso. Talvez tenha algum sentido, talvez não. É um entregar de mãos, um receio, um desapego, uma sede. Vontades, cara. Luzes apagadas, a lua sorrindo linda, você sendo estrela em qualquer ponto. Uns olhos que clareiam e ficam invisíveis por abrigarem uma constelação ofuscante, e um suspiro, ao travesseiro, por te saber ouvindo meu sussurro no teu silêncio: boa noite, meu bem!
Eu me comovo com tudo o que não acontece, desejo coisas muito belas e adoro quando você entende o que não digo. Minha estrutura te suporta com um ou outro encanto repartido e brotam flores amarelas de uma poesia que eu não sei fazer. Venta um pó de afeto, vê? Farelos de mim, propondo felicidade. As coisas tão mais lindas.
Delírios lúcidos. Absurdos. Chão, chão. E tô voando, outra vez. Acumulando silêncios. Musicando-os. Muita energia querendo saltar, atingir, latejar. Razão, sem-razão. Sem estrada. Esse é o caminho que tem mais coração, todavia. Então, vem cá, aperta teus dedos em minhas mãos e eu não solto. Uma certeza, e só. Um jeito abafado de gostar. Você, diferente de tudo o que eu já conheci. Espalhei do jeito mais bagunçado, tres-lou-ca-da-men-te. Sem matéria. Nada existe e tudo é mágica. Não, não cabemos em teamos e é só minha parte dentro em você, ou tua parte dentro em mim, a responsável por não nos responsabilizarmos.
Ah, meu doce, realmente acho tudo isso muito bonito. Ou talvez eu só queira escrever, pra deixar arder as letras de um sentimento inventado, novamente. Não sei, não sei. Enfim. [Sem fim]. Já tá amanhecendo de novo.
Jaya, Jaya...
ResponderExcluirHoje fiquei sem rumo, Bailarina-de-Letras.
Hoje apenas me deixei levar:
- Tu brincou com as palvras, fez com que elas dançassem no escuro. Elas dançaram, não ao som de uma música que alterna som e silêncio, mas sim diferentes graus de silêncio. Entende como? Sei que sim...
... sei que não.
ResponderExcluirAbraços que vêm da terra do Gonçalves Dias, do Ferreira Gullar e do (não hesito) Zeca Baleiro. Pra ti também um terno sorriso de canto de lábios, já que fizeste com que um brotasse enquanto eu lia.
=]
Mas uma deixando-me tonta com teu sentir. É doce, é mágico e um tanto eu. Teve um dia onde meu coração foi cenário um tanto shakesperiano. Atos assassinos existiram, dramatizados, e muita coisa morreu em mim. Nesse mesmo dia, apareceu você. Uma intensidade demente, alguma coisa sendo sem ser, teus acordes, músicas deles, lágrimas minhas e silêncio. Madrugada que me amanheceu. Um amanhã, seu.
ResponderExcluirMeu amanhecer tinha cor de mar, Jaya. Ao ler, fiquei tão boba, tão besta que copiei e mandei para o dono da minha manhã;
Beijo, bonita ;*
não sonhar tanto?
ResponderExcluirmas por que? se sonhar é o melhor que temos? se sonhar é o nosso melhor remédio?
lindo, com sempre!
amanhecer te lendo me fez sorrir hoje logo cedo.
Um beijo!!
jaya,
ResponderExcluirse depois do assassinato de tantos sentimentos dentro de você vieram essas coisas lindas. eu acredito que pra mim pode ser assim (se já não está sendo).
suas palavras leves, dão uma felicidade até pra quem não está cara a cara com ela agora. mas eu já consigo imaginar como é se sentir assim de novo, e aí me da uma vontade imensa de ser de novo.
como você disse, deixa o coração guiar. e daí quando ele tenta ir pelo caminho errado, é so fechar os olhos e mudar a direção. antes era difícil, hoje está cada vez mais fácil. deve ser a estréia, a vontade de estar em outros palcos. eu preciso tirar a poeira, limpar. e por incrível que pareça, é isso que eu sinto agora.
quanto à distância, concordo em gênero, número e grau com tudo o que você disse. estamos perto, e cada vez mais. adoro essa sensação.
beijo querida,
obrigada pelas palavras
E eu tinha escrito meu sentir, naquele texto, Jaya. Mas mudei, na hora de postar, para deixar no mesmo padrão. Decisão que chegamos juntos, eu e Thiago.
ResponderExcluirNo antigo, a moça era eu.
Ah Jaya, obrigada pela vista, e sim, entendo que você está de saco cheio do MJ, eu também estou.. eu não sou A fã número 1 dele, mas muuitas músicas fizeram parte da minha vida, mas enfim.. :D
ResponderExcluirNossa cara, texto perfeito, nem sei o que dizer! Mas, porque não sonhar? As pessoas sem sonhos não tem cor, não tem brilho. Pessoas realistas demais são chatas e não sabem o que é poder ter o prazer de poder realizar aquilo que taanto idealizou. Escolheu as palavras do texto a dedo, parabéns! *-*
beeijo *:
Em meu coração que não se cansa de fantasiar, imagino que cada palavra sua é escrita para mim. Para me emocionar exclusivamente. De qualquer forma, não poderia jamais deixar passar: sortudo é essa pessoa que inspira tamanho sentimento em alguém. Ser amado dessa forma, por uma pessoa incomparável como você, pequena Jaya, é tudo o que se pode pedir nesta vida. Ai, Ai! Deixa eu ir agora, porque a realidade me chama por ora. Mas eu volto. Ah, eu sempre volto aqui, pra acreditar só mais um pouquinho nos meus sonhos. Ah, e muito obrigado!
ResponderExcluir... encanta-me essa tua construção, esse encaixar de mundos. saio de cá sempre com outro olhar.
ResponderExcluirbeijos meus
^^
eu consegui não pensar tanto depois que comecei a praticar yôga, rsrsrs*
ResponderExcluiramei seu texto.
especialmente esse trecho:
Eu me comovo com tudo o que não acontece, desejo coisas muito belas e adoro quando você entende o que não digo.
beijos, flor
MM.
Flor,
ResponderExcluirTe ler é tão mágico, mas o mesmo tempo me sinto injustiçada. É. Porque eu acabo revivendo tudo de novo, sabe? Parece que você entrou em mim e tomou meus sentidos. Transcreveu em versos. E você faz tudo sempre tão lindo!!! Tão 'Jaya. Coisa gostosa. Injustiça boa, essa.
"Minha estrutura te suporta com um ou outro encanto repartido, e brotam flores amarelas de uma poesia que eu não sei fazer."
Ahh, flor. É assim. Simplesmente.
Beeijão moça bonita!
Ps¹: É bom demais te ter por lá. Sorriso grande nasce com tanto carinho:)
Ps²: Sempre fui meio shakesperiana:)
Ai, Jaya. Que amor.
ResponderExcluirAndo tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar;
Que bonito isso aqui!
ResponderExcluirLindo,lindo...!
ResponderExcluirBeijocas Jaya!!!
Desculpa amada!
ResponderExcluirÉ que eu achei tããão condizente com meu dia de hoje que, num impulso, resolvi postar.
Escreveremos juntas algo mais alegre, mais amor.
Beijão
Jaya, Jaya...
ResponderExcluirTu brinca com as palavras (e humilha quem com elas não se dá tão bem).
[Ando fazendo marketing do seu blog de graça! O mundo precisa ser menos medíocre!]
Li de novo! Perdi as contas de quantas vezes te li. É que ninguém aqui em casa dá sossego. huhuhu.
ResponderExcluirE eu quase soube recitar de cór tuas linhas dessa vez. E foram [só pra variar] liiindas. Diferente do meu costume. Mais Jaya. Menos personagens.
Preciso falar que adorei? Não né. C já sabe. ;)
Pra terminar, meu trecho predileto [dificil escolher, rola postar o texto todo aqui de novo? huhu]:
" um entregar de mãos, um receio, um desapego, uma sede. Vontades, cara. Luzes apagadas, a lua sorrindo linda, você sendo estrela em qualquer ponto."
Beeeeeeeeeeeejo, fufura!
Foi um jeito diferente de texto, esse seu não?
ResponderExcluirE a frase "Por que chamar de meu algo que é preenchido pelos outros? " meu deus, Jaya... Podia ser um nome de livro, filme ou peça teatral.
Amei.
Bjos e td de bom!
Ah, minha Jaya, às vezes, parece-me que tu escreves os meus sentimentos, as minhas lembranças, as minhas tristezas.
ResponderExcluirÉ tudo lindo demais. Eu também tento manter meus pezinhos no chão, mas eles insistem em não quererem ficar...querm alçar vôo...
Ei, quero muito que esse teu sentimento não seja inventado...
Beijos, minha linda.
tantos tantas que acho então que deverias ser outro coração e não o teu..
ResponderExcluirtão mais intenso ler tuas palavras depois de ouvi-las mais perto. mas minhas. que aqui, como mesma disse, é de todos, um teu nosso.
sei que voas e muito sabe voar.
quando não o faz, descansa tuas assas em berço qualquer porque tão logo será tua nova partida, teu novo saltar. E VOA.
fica sozinha não ó pequena, que o moço mora longe, mas vem te ver.
teu farelo tô levando comigo
aqueles mesmos tantos de beijos:*
Eu tenho um mimo pra ti.
ResponderExcluirE quis lhe ofertar por acompanhar seus escritos e admirá-los!
;*
porque tu és sempre perfeita, eu deixo as minhas palavras serem tuas tbm, ora.
ResponderExcluire ahh...teu lirismo em palavras me aliviou o dia,obrigada :*
Flores.
Tudo é mágica, Jaya, quando você deixa sua inspiração fluir!
ResponderExcluirBjooooooooo!!!!!!!!!
Bem lindo, como tudo que sempre aparece por aqui...E que essas asas não sejam nunca cortadas...
ResponderExcluirUm beijo
A única coisa que consegui pensar depois de ler teu texto foi: "Meu deus, que perteito!".
ResponderExcluirJayaamm, acho incrível a maneira como tu consegue expor os sentimentos de uma forma tão sincera, doce e poética acima de tudo.
Me sinto um tantinho assim como no texto... Mais uma identificação nossa, não é? Acho que mais palavras são desnecessárias, redundantes até.
Beijão pra ti, moça!
Saudade 'docê'.
Moça, eu tava sumida, mas voltei, tava sem pc... Mas, vejo que continua um encanto, você e as palavras que brotam fáceis nos seus escritos!
ResponderExcluirBeijo pra tu!
jaya , o viver para contar agora está bloqueado para não-convidados ? :(
ResponderExcluir"Eu queria não pensar tanto. Não sonhar, tanto. Queria poder quebrar as fantasias e pisar firme no chão, com os dois pés. Mas minhas asas não deixam".
ResponderExcluirTô toda assim.
Beeijo, Jaya.
:*
Jaya, minha leitora mais antiga, tão querida. É assustador ver o quanto você escreve bem. O quanto me emociona, o quanto emociona a esses todos.
ResponderExcluirFico muito feliz por você querer o livro...Muito mesmo...
Menina com nome de moça da selva
ResponderExcluirFaz um tempo, não? Apenas uma ausência maior dos prados da blogolândia, nada mais.
Ontem tentei te ler, mas não parecia uma boa hora, estava com a cabeça em outros mundos. Hoje, não queria dormir sem passar os olhos por aqui.
Gosto de desenhar cenas enquanto seu texto flui diante dos olhos e tudo parece ter tintas bem definidas, quadros bem pintados a fazerem fundo para a cena que se desenrola.
Mais que a beleza intrínseca do texto, mais que a bela literatura que as palavras formam, o grande prazer está em ler de olhos fechados a sentir e imaginar todo o sabor desses seus textos, das frases tão bem sacadas, do sentimento pulsante, dos desenhos em letras.
É sempre bom vir aqui e te ler. Faz com que a gente nunca perca a vontade de voltar, ainda que demore.
Bjks e boa semana, moça.
PS: faltam duas músicas para completar a montagem do CD, talvez em agosto tenhamos tudo pronto, senão, no máximo em setembro. Sua Canção preferida ficou muito bonita, acho que vai gostar quando eu te enviar.
Oi, Jaya. Quanto tempo! :)
ResponderExcluirVim dizer que, há mais ou menos dois dias, me lembrei de você. É que decidi ler Gabriel García Marquéz e, se não me falha a memória, acredito que já tenha lido aqui alguma coisa a respeito desse autor.
Então, o livro que estou lendo é o 'Memória de minhas putas tristes', que peguei na biblioteca da faculdade ontem, e hoje já estou pra lá da metade, por ser tão boa leitura.
Se puder me passar o seu e-mail para a gente prosear, vai ser divertido, rs! E muito válido, afinal.
Espero sua resposta, meu bem.
Beijo grande.