Para o grande amor da minha vida.
É preciso uma pausa nas saudades.
Depois de um ano, você veio. E eu nem liguei de me enrolar no teu pescoço e deixar escorrer minhas lágrimas de tanto amor-maior ali, no meio de todo mundo. Tá fazendo duas semanas que você foi embora e cada dia eu te amo mais.
Esses dias deitei antes das oito, disposta a sonhar e lembrar do sonho. Você sabe que meus sonhos são os mais incoerentes do mundo, mas a noção de realidade que eles trazem para o dia seguinte, é algo muito certo. É como se eu de fato houvesse estado com. Estado em. Foi assim que eu passei pedaços da minha noite com você. Quando o despertador tocou de manhã, fez frio. Eu não sei, mas a ideia que meu coração abrigava era a de abrir a porta do quarto e ter você na cozinha, falando que a cama tava pedindo socorro, de tanto que eu durmo, e depois notar minhas olheiras infelizes de eternas noites insones e começar a me perguntar quais seriam meus passos durante o dia que iniciava.
Antes, repito: tem muita coisa aqui que me faz bem. Muita gente. Muito amor. Mas não tem você, entende? E é justamente nessas horas sacanas que eu penso em como distância é algo foda. Não sei. Depois eu fui ficando bem. O tempo todo, quis te ligar, mas desistia. Porque eu ia chorar mais, você ia chorar também, ia ficar preocupada, ia ficar triste, ia me mandar voltar, eu ia querer obedecer, e de pensar em todos esses nossos diálogos malucos, deixei pra lá. Deixei, mas você ficou.
Eu ainda sinto teu cheiro. Escuto o eco da tua risada. Vejo minha cara de incrédula quando você me chama de meu neném. Sinto falta dos teus olhos implicando comigo. Da nossa mesa barulhenta, das piadas, dos surtos, de todo mundo falando ao mesmo tempo, dos olhares sempre cúmplices de uma pirraça deliciosa, e do teu tempero. Da tua comida. Do prato que você dizia ter feito pra mim, e a maneira como sorria boba quando eu comia feito um monstro. Aqui eu andei emagrecendo. Nada que explique isso. É saudade, penso. E isso não é diagnóstico em nenhum laboratório.
Hoje pela manhã, logo após desligar o telefone e ficar sorrindo da minha ideia maluca (leia-se troca de datas) de te dar os parabéns um dia antes do teu aniversário, fiquei imaginando o que você estaria fazendo. Resolvi que era um fim de semana, e te imaginei ouvindo música. Lembrei de você gritando um bota Clara Nunes, pra mim. E vinha com um sorriso no rosto, e uma dança cheia de trejeitos engraçados. Lembra quando meus amigos estavam em casa e você resolvia que queria dançar na frente deles, me matando de uma vergonha feliz? Aí eu sorri. Pensei também, que se fosse um fim de semana, você chegaria na sala bem na hora do programa que reservei, e chatearia querendo ver um filme. Daí a gente ia ver um filme, enfim, e você dormiria antes da metade. É, mãe, você dorme! E quando eu desligava a TV ainda tinha que ouvir um: tô assistindo. Rá!
Depois fui lembrando de todas as tuas besteiras. De você fuçando meu celular sem saber pra onde ir, de me imitar ao telefone, de querer falar com meus amigos e contar histórias mentirosas de mim, de entrar no quarto quando eu finalmente conseguia dormir, abrindo portas, acendendo luzes e gritando, totalmente afim de me ouvir xingar como quem declama uma poesia fina. Ou então de me ver presa e dizer vai sair, tomar um sol, daí eu ia lá e saia. E saiasaiasaia, pra ouvir o famoso não tem casa mais não, é? É, você é boba, criatura! E no mundo, ninguém mais me entende.
Quando foi entardecendo, lembrei daquela hora onde todo mundo ia chegando em casa aos poucos. Aí eu chegava da faculdade, e você geralmente estava no meu quarto. Será que você ainda fica lá? Eu guardava meus livros, e te empurrava da minha cama. Eu te abraçava, te mordia, te beliscava, só pra ouvir teus gritos escandalosos que eram afagos pra mim. Eu lembrei de tanta coisa que não cabe em palavras... E pensei que eu estava imensamente louca naquele dezembro, quando te disse tchau sem derramar nenhuma lágrima, sem olhar pra trás, sem.
Você me entende, que eu sei. Eu saí daí de dentro, afinal. E continuo a sorrir meu sorriso mais bonito quando me dizem que eu sou tua cara. Eu me desconcerto, quando num gesto mais bobo, dizem que eu fiz igualzinho você faz. Tô chorando agora, mas isso é coisa boa, tá? Todo mundo sabe que somos parecidas, e eu acho isso muito justo, afinal, você é linda como ninguém mais sabe ser. Riu agora, né?
Lembrei da gente, nesse janeiro, e aquele mundo de fotografias antigas passando de mão em mão durante o almoço na casa de vovó Nina. Depois que você foi embora, continuei lá. Vi fotos do teu casamento, você de branco, com aquela flor nos cabelos, e teus olhos (que todo mundo diz serem meus) eram felizes. A gente nunca conversou sobre isso, mas você parecia carregar um mundo de sonhos, ali. Vi todas as fotos. Vi você pequena, você moça, você dançando, você montada a cavalo, você doce, você sozinha porque rasgou o rosto daquele ex namorado de todas as fotografias que tinham juntos. Eu ri de você. Depois, tinha fotos da tua barriga comigo dentro. Você tava diferente. Nem sei explicar do instante seguinte, então, quando já tinha eu no teu colo. Tinha luz, mãe. Tanta luz, que eu não vi nada mais certo que nós duas. Aí eu comecei a conversar com minha tia, tua irmã. As histórias, as cumplicidades. Eu quis muito chorar de feliz. De triste. De você perto, sem estar.
Fazia um ano, sem te ter. Agora, duas semanas que eu não te tenho aqui, que você não me tem aí. Um tempo imenso, onde nenhum abraço é capaz de afagar todos os cantos desabitados do meu corpo. Onde ninguém chega em casa de madrugada e me acorda só pra dizer que encontrou alguém que eu goste na rua, e que essa pessoa me mandou carinhos. Onde eu chego em casa, e ninguém suspeita de uma raiva, uma tristeza, uma paixão, só de medir meu jeito de chegar. Um tempo imenso, mãe. Tempo de uma saudade que se esconde, presente em todas as minhas entranhas. Tempo de vontades. De querer que você pare de me ligar na hora mais acertada, como se ouvisse meu fio de voz chamando teu nome. Um tempo onde ninguém entra no meu quarto, deita ao meu lado, começa a conversar e dizer que me ama. Que sempre vai me amar. Tempo de ausência. Tempo de querer fazer tudo dar certo, por você. Tanto tempo sem você, parece mais é uma vida inteira.
Saudades de xingar os palavrões mais esculhambados do mundo e te fazer gritar o que é isso minha filha? enquanto gargalhava e ficava vermelha. Saudades de te ver feliz. Saudades do cheiro de incenso que você e Paulo acendiam enquanto tocava Zé Ramalho naqueles fins de semana barulhentos que me faziam fugir de casa, ou me trancar no quarto praguejando qualquer coisa ininteligível. Saudades de fofocar até mais tarde, contando pra Éden o quanto ele é bobo. Saudades de você falando mal de mim pra Manu, e de contar pra todo mundo desse orgulho besta que você sente quando eu faço coisinhas legais que te afetam tanto. Saudades principalmente de ter alguém acreditando desesperadamente em mim, inteira, porque às vezes é bem foda acreditar sozinha.
Às vezes chove, mãe, mas sei que todo o sol continua a se concentrar aí, nesse canto onde tem você. Sei porque meu corpo inteiro deixa de ser gelo, com as palavras que você despeja em mim, por telefone. Você chora e eu sorrio. Depois, eu chovo sozinha, mania minha. Mas tem uma fogueira, nessa hora. Você. Sempresempresempre. E só em você essa palavra cabe: sempre. Porque é um pra sempre sem fim. É coisa certa. Sentir exato.
Agora vou. Não quero mais prolongar essa saudade escrita. Uma coisa: meu quarto aqui tá com uma parede verde, porque é tua cor preferida. E coloquei um mural com fotos de todo mundo, pra me sentir mais perto. Falta uma de nós duas. Ontem, usei aquela minha blusa preta que tem mangas curtas, lembra? Lembrei da gente brigando por ela. Lembrei que eu tinha te dado, e só entendi agora porque tomei de volta: pra lembrar de tudo isso. Sentiu falta dela? Eu sinto falta de te arrumar. Vez ou outra penso em você indo pro meu quarto, pedindo ajuda, se tava combinando tudo, se a sandália tava bacana. Você roubando meu perfume, minha maquiagem, e deixando tudo bagunçado só pra ver minha chatice explodir, com minha mania de querer tudo no lugar. Aposto como você deve sentir falta disso! Tô sorrindo. Sorrindo daquele mesmo jeito que eu te sorria quando eu dizia estar sem fome e você dizia que eu só podia estar apaixonada. Minha cara de boba. Apaixonada por você, bestona! Sempre fui.
Beija todo mundo aí por mim, mãe. Abraça Beca por quase uma hora inteira, e dorme agarrada nela, como eu fazia. Abraça Sofi e pede pra ela te levantar, igual ela fez comigo, na garagem, no dia que eu vim embora. Abraça Cacá até ela xingar qualquer coisa. Abraça Paulo, também. Diz pra Éden que tô contando os dias pra ele chegar. E diz pra quem quiser saber de mim, que eu tô bem, e sinto saudades.
Uma entrega urgente: eu pra você. Tô aí. E sinto tudo. Nem é só amor. É o mundo inteiro das coisas mais indizíveis que já couberam um dia num coração apertado. O meu. E é tudo, tudo teu. O aperto? É excesso de querer-bem.
Depois de um ano, você veio. E eu nem liguei de me enrolar no teu pescoço e deixar escorrer minhas lágrimas de tanto amor-maior ali, no meio de todo mundo. Tá fazendo duas semanas que você foi embora e cada dia eu te amo mais.
Esses dias deitei antes das oito, disposta a sonhar e lembrar do sonho. Você sabe que meus sonhos são os mais incoerentes do mundo, mas a noção de realidade que eles trazem para o dia seguinte, é algo muito certo. É como se eu de fato houvesse estado com. Estado em. Foi assim que eu passei pedaços da minha noite com você. Quando o despertador tocou de manhã, fez frio. Eu não sei, mas a ideia que meu coração abrigava era a de abrir a porta do quarto e ter você na cozinha, falando que a cama tava pedindo socorro, de tanto que eu durmo, e depois notar minhas olheiras infelizes de eternas noites insones e começar a me perguntar quais seriam meus passos durante o dia que iniciava.
Antes, repito: tem muita coisa aqui que me faz bem. Muita gente. Muito amor. Mas não tem você, entende? E é justamente nessas horas sacanas que eu penso em como distância é algo foda. Não sei. Depois eu fui ficando bem. O tempo todo, quis te ligar, mas desistia. Porque eu ia chorar mais, você ia chorar também, ia ficar preocupada, ia ficar triste, ia me mandar voltar, eu ia querer obedecer, e de pensar em todos esses nossos diálogos malucos, deixei pra lá. Deixei, mas você ficou.
Eu ainda sinto teu cheiro. Escuto o eco da tua risada. Vejo minha cara de incrédula quando você me chama de meu neném. Sinto falta dos teus olhos implicando comigo. Da nossa mesa barulhenta, das piadas, dos surtos, de todo mundo falando ao mesmo tempo, dos olhares sempre cúmplices de uma pirraça deliciosa, e do teu tempero. Da tua comida. Do prato que você dizia ter feito pra mim, e a maneira como sorria boba quando eu comia feito um monstro. Aqui eu andei emagrecendo. Nada que explique isso. É saudade, penso. E isso não é diagnóstico em nenhum laboratório.
Hoje pela manhã, logo após desligar o telefone e ficar sorrindo da minha ideia maluca (leia-se troca de datas) de te dar os parabéns um dia antes do teu aniversário, fiquei imaginando o que você estaria fazendo. Resolvi que era um fim de semana, e te imaginei ouvindo música. Lembrei de você gritando um bota Clara Nunes, pra mim. E vinha com um sorriso no rosto, e uma dança cheia de trejeitos engraçados. Lembra quando meus amigos estavam em casa e você resolvia que queria dançar na frente deles, me matando de uma vergonha feliz? Aí eu sorri. Pensei também, que se fosse um fim de semana, você chegaria na sala bem na hora do programa que reservei, e chatearia querendo ver um filme. Daí a gente ia ver um filme, enfim, e você dormiria antes da metade. É, mãe, você dorme! E quando eu desligava a TV ainda tinha que ouvir um: tô assistindo. Rá!
Depois fui lembrando de todas as tuas besteiras. De você fuçando meu celular sem saber pra onde ir, de me imitar ao telefone, de querer falar com meus amigos e contar histórias mentirosas de mim, de entrar no quarto quando eu finalmente conseguia dormir, abrindo portas, acendendo luzes e gritando, totalmente afim de me ouvir xingar como quem declama uma poesia fina. Ou então de me ver presa e dizer vai sair, tomar um sol, daí eu ia lá e saia. E saiasaiasaia, pra ouvir o famoso não tem casa mais não, é? É, você é boba, criatura! E no mundo, ninguém mais me entende.
Quando foi entardecendo, lembrei daquela hora onde todo mundo ia chegando em casa aos poucos. Aí eu chegava da faculdade, e você geralmente estava no meu quarto. Será que você ainda fica lá? Eu guardava meus livros, e te empurrava da minha cama. Eu te abraçava, te mordia, te beliscava, só pra ouvir teus gritos escandalosos que eram afagos pra mim. Eu lembrei de tanta coisa que não cabe em palavras... E pensei que eu estava imensamente louca naquele dezembro, quando te disse tchau sem derramar nenhuma lágrima, sem olhar pra trás, sem.
Você me entende, que eu sei. Eu saí daí de dentro, afinal. E continuo a sorrir meu sorriso mais bonito quando me dizem que eu sou tua cara. Eu me desconcerto, quando num gesto mais bobo, dizem que eu fiz igualzinho você faz. Tô chorando agora, mas isso é coisa boa, tá? Todo mundo sabe que somos parecidas, e eu acho isso muito justo, afinal, você é linda como ninguém mais sabe ser. Riu agora, né?
Lembrei da gente, nesse janeiro, e aquele mundo de fotografias antigas passando de mão em mão durante o almoço na casa de vovó Nina. Depois que você foi embora, continuei lá. Vi fotos do teu casamento, você de branco, com aquela flor nos cabelos, e teus olhos (que todo mundo diz serem meus) eram felizes. A gente nunca conversou sobre isso, mas você parecia carregar um mundo de sonhos, ali. Vi todas as fotos. Vi você pequena, você moça, você dançando, você montada a cavalo, você doce, você sozinha porque rasgou o rosto daquele ex namorado de todas as fotografias que tinham juntos. Eu ri de você. Depois, tinha fotos da tua barriga comigo dentro. Você tava diferente. Nem sei explicar do instante seguinte, então, quando já tinha eu no teu colo. Tinha luz, mãe. Tanta luz, que eu não vi nada mais certo que nós duas. Aí eu comecei a conversar com minha tia, tua irmã. As histórias, as cumplicidades. Eu quis muito chorar de feliz. De triste. De você perto, sem estar.
Fazia um ano, sem te ter. Agora, duas semanas que eu não te tenho aqui, que você não me tem aí. Um tempo imenso, onde nenhum abraço é capaz de afagar todos os cantos desabitados do meu corpo. Onde ninguém chega em casa de madrugada e me acorda só pra dizer que encontrou alguém que eu goste na rua, e que essa pessoa me mandou carinhos. Onde eu chego em casa, e ninguém suspeita de uma raiva, uma tristeza, uma paixão, só de medir meu jeito de chegar. Um tempo imenso, mãe. Tempo de uma saudade que se esconde, presente em todas as minhas entranhas. Tempo de vontades. De querer que você pare de me ligar na hora mais acertada, como se ouvisse meu fio de voz chamando teu nome. Um tempo onde ninguém entra no meu quarto, deita ao meu lado, começa a conversar e dizer que me ama. Que sempre vai me amar. Tempo de ausência. Tempo de querer fazer tudo dar certo, por você. Tanto tempo sem você, parece mais é uma vida inteira.
Saudades de xingar os palavrões mais esculhambados do mundo e te fazer gritar o que é isso minha filha? enquanto gargalhava e ficava vermelha. Saudades de te ver feliz. Saudades do cheiro de incenso que você e Paulo acendiam enquanto tocava Zé Ramalho naqueles fins de semana barulhentos que me faziam fugir de casa, ou me trancar no quarto praguejando qualquer coisa ininteligível. Saudades de fofocar até mais tarde, contando pra Éden o quanto ele é bobo. Saudades de você falando mal de mim pra Manu, e de contar pra todo mundo desse orgulho besta que você sente quando eu faço coisinhas legais que te afetam tanto. Saudades principalmente de ter alguém acreditando desesperadamente em mim, inteira, porque às vezes é bem foda acreditar sozinha.
Às vezes chove, mãe, mas sei que todo o sol continua a se concentrar aí, nesse canto onde tem você. Sei porque meu corpo inteiro deixa de ser gelo, com as palavras que você despeja em mim, por telefone. Você chora e eu sorrio. Depois, eu chovo sozinha, mania minha. Mas tem uma fogueira, nessa hora. Você. Sempresempresempre. E só em você essa palavra cabe: sempre. Porque é um pra sempre sem fim. É coisa certa. Sentir exato.
Agora vou. Não quero mais prolongar essa saudade escrita. Uma coisa: meu quarto aqui tá com uma parede verde, porque é tua cor preferida. E coloquei um mural com fotos de todo mundo, pra me sentir mais perto. Falta uma de nós duas. Ontem, usei aquela minha blusa preta que tem mangas curtas, lembra? Lembrei da gente brigando por ela. Lembrei que eu tinha te dado, e só entendi agora porque tomei de volta: pra lembrar de tudo isso. Sentiu falta dela? Eu sinto falta de te arrumar. Vez ou outra penso em você indo pro meu quarto, pedindo ajuda, se tava combinando tudo, se a sandália tava bacana. Você roubando meu perfume, minha maquiagem, e deixando tudo bagunçado só pra ver minha chatice explodir, com minha mania de querer tudo no lugar. Aposto como você deve sentir falta disso! Tô sorrindo. Sorrindo daquele mesmo jeito que eu te sorria quando eu dizia estar sem fome e você dizia que eu só podia estar apaixonada. Minha cara de boba. Apaixonada por você, bestona! Sempre fui.
Beija todo mundo aí por mim, mãe. Abraça Beca por quase uma hora inteira, e dorme agarrada nela, como eu fazia. Abraça Sofi e pede pra ela te levantar, igual ela fez comigo, na garagem, no dia que eu vim embora. Abraça Cacá até ela xingar qualquer coisa. Abraça Paulo, também. Diz pra Éden que tô contando os dias pra ele chegar. E diz pra quem quiser saber de mim, que eu tô bem, e sinto saudades.
Uma entrega urgente: eu pra você. Tô aí. E sinto tudo. Nem é só amor. É o mundo inteiro das coisas mais indizíveis que já couberam um dia num coração apertado. O meu. E é tudo, tudo teu. O aperto? É excesso de querer-bem.
Feliz teu dia, meu amor. Feliz você.
Eu te amo do umbigo,
Jaya.
Eu te amo do umbigo,
Jaya.
Ô Jaya, meu amore
ResponderExcluirEssas são as palavras mais bonitas que meus olhos já puderam ler em meu tempo de vida.
É um sussurro de doçura. Eu emocionei a cada letra nutrida pelos meus olhos. Bailou aqui por entre minha íris essa luz tão bonita que se propaga de cada frase, cada parágrafo expresso.
Tão maravilhoso sentir isso sabe. De tu. Essa maestria de amor pela sua mãe. É uma ternura que finda no infindável, e vai além do mais que o infinito de apaixonante.
Me deixei levar, como se teu texto fosse um ode à todas as mães e a importância delas em nossa vida.
Aff, nem sei mais o que falar.
A luz e sentimento desse texto emudece qualquer coração.
[sem mais, fico sentindo agora...]
Beijos Jaya.
És e sempre será uma pessoa maravilhosa pra mim.
Te adoro meu anjo!
:)
Isso tudo me tocou de uma forma tão dolorosa... É que eu fui lendo e pensando: meu Deus, é isso que eu vou sentir, né?
ResponderExcluirSim! No final do ano eu vou embora de casa. E sei que, apesar de ser muito o que eu quero por tudo que envolve a minha ida, a saudade de casa vai sempre existir. E ler tuas palavras me fez sentir a saudade antecipada.
Que linda declaração!!!! Mas afinal, e tem amor maior que esse? Tem nada...
Beijão pra tu
Eu chorei por horas seguidas. Meu Deus, como você é linda!
ResponderExcluirEu te amo por ter tanto amor, por ser feita dele.
Um beijo
E falar o que moça?
ResponderExcluirQualquer palavra seria tão insgnificante perto da grandeza do teu sentimento. Da beleza do amor..
Eu me calo. Penso nas musicas de Clara. E faço versos na madrugada como o poeta que sem sono escreve e escreve..
A poesia é o desabafo dos anjos
Expondo os seus anseios e dissabores
Deste jardim cuidam os arcanjos
E os poemas se transformam em flores.
Beijos, flores e estrelas
Jaya, minha flor linda... Eis-me aqui de novo. Simplesmente porque não poderia deixar de comentar esse texto.
ResponderExcluirMeus olhos simplesmente lacrimejaram. Alguém já disse sabiamente que a poesia deixa de ser do poeta quando lida, e sim, passa a ser de quem lê. Pois incopora em si mesmo as palavras que outrora fora do poeta. É bem verdade que esse texto, agora, é meu também. Porque cada palavra pôde ser sentida em mim, talvez bem perto do que vc sentiu ao escrevê-lo.
Tenho mãe longe também. Ah... Como sei como dói as vezes a ausência desse ser especial. É difícil demais... Sei bem! E por ser tão sofrido e ao mesmo tempo bonito pela intensidade que contém, é que pode ser transformado em uma obra de arte dessa, esse texto seu. Lindo. Completamente amável!
Obrigada por descrever seus sentimentos tão lindamente, e torná-los meus tbm ao publicá-los.
Um beijo, um cheiro e um abraço apertadinho de 10 minutos!
* E Feliz aniversário pra sua mãe, que por ter feito vc, deve ser mesmo uma pessoa linda!
ResponderExcluirBjo de novo!
Ah! Eu tô chorando. Que bosta, Jaya! Porque você tem que escrever tão lindo assim? Mostrapraela mostrapraela mandapraela!
ResponderExcluirFeliz feliz pra sua mãe. Que é de longe e de perto, uma super-linda-mãe por ter colocado você no mundo, minha Nêga.
Amo demais.
Saudades que nem cabem.
Bjs,
Glau
Jaya,
ResponderExcluirComovente teu amor, sabe? E eu te vi muito você mãe da sua mãe, entende. Porque parece que os papéis são um pouco invertidos, rs. Eu pego as roupas da minha emprestada e ela fica uma fera, haha. O contrário não acontece. Eu, sem dúvidas, não conseguiria dizer adeus a minha. Porque eu sou tão apegada e chorona, que ia ficar pensando o tempo todo.
Eu sei como a saudade deve tá apertando aí dentro. Mas o amor constroem pontes indestrutíveis.
Feliz aniversário para a tia Regina, hehe =D
Beijo doce!
Você é uma linda, Jaya. Já estou tão dependente de suas leituras.
ResponderExcluirE esse texto, é sem comentários com certeza.
Enquanto estava lendo minha mãe passou por mim e foi o necessário pra me arrepiar.
Você passa todas as suas emoções em cada palavra, e é legal isso.
Um beijo!
Mais uma vez, Jaya, um post emocionante!
ResponderExcluirUm presente como esse que você lhe deu, mãe nenhuma pode imaginar.
Parabéns, Jaya.
Arrancou-me suspiros e arrepios.
Beijos.
Ai, Jaya... chorei. Primeiro por ser um texto lindo e segundo por morrer de inveja de você. Algumas pessoas dizem que existe inveja boa. Tenho 25 anos e ainda tento descobrir onde está a verdade nisso. Enfim... Minha relação com minha mãe é um cristal raro e muito delicado. Oscila numa linha tênue entre o "está tudo ótimo" e o "xiii... fu...". São 25 anos de saudade que tenho dela. No fundo ela é a minha melhor mãe do mundo. Não sei. Acho que mágoa se transfere. Problemas de infância, perda de entes queridos, de um filho... Acho que tudo isso implica. Complica. Saindo daqui e indo praí, o texto é lindo. Abraços e um ótimo domingo!
ResponderExcluirEi moça.
ResponderExcluirEscrevi só um pouquinho. Mas foi de ♥. E ainda dividi. rsss
Passa lá.
Um domingo de muitas alegrias
Beijos
ai, que delícia, Jaya. mãe é sem explicação, né? e eu aqui senti essa saudade que vc tá sentindo, sabia? pude imaginar o quanto te faz falta todas essas coisas nela, dela, que só vc sabe como é...
ResponderExcluiradorei o beijo do umbigo. coisa mais linda!
sua mãe parece jovem, animada...
e vcs duas, amigas confidentes, lindas...
amor mais lindo que pode existir né Flor?
um beijo!!dissang
Oh, Jaya!
ResponderExcluirQue texto mais belo!
Amei cada palavra. É tanto amor e doçura!
Feliz aniversário pra sua mãe, que eu tenho certeza que é uma pessoa linda!
Quero agradecer por teu comentário. Te adoro a cada dia mais! Gostar é ótimo, quando se gosta de pessoas sensíveis e doces feito ti, é melhor ainda!
Outra coisa, foi um dos comentários mais fofos que você escreveu pra mim!
Seja feliz sempre!
Beijos meus pra ti, belo girassol!
Jaya meu bem.
ResponderExcluirAcho que nunca lhe pedi isso, mas você leria um texto que postei?!
Fazia tempo que estava querendo escrever algo doce do jeitinho que gosto.
Então quero compartilhar contigo.
http://vourelatar.blogspot.com/2010/02/amor-doce-amor.html
Mais beijos pra ti!
Meus olhos comeram cada letrinha... como eu queria poder ter este aconchego ainda...
ResponderExcluirAproveita,menina bonita...
Aproveita!!
Saudade...
Mãe é âmago quente que nos abraça, sua ausência é folha cadente que o coração mata.
ResponderExcluirtoda mãe é um mundo inteiro. abraça!
ResponderExcluirum beijo.
Ah, moça bonita... seu texto me embriagou. Senti tanta coisa ao mesmo tempo!
ResponderExcluirÉ triste pensar que, neste momento, o amor entre eu e minha mãe precisa de um tempo; eu preciso de um tempo dela. Porque amor de mãe sufoca, da minha mais ainda.
Um beijo
Ah, tá. Eu não devia ter lido nada disso aqui. Porque era o que eu queria que tivesse sido escrito por ela, que me largou de lado, que cortou por conta própria o cordão umbelical e que parece ter esquecido tudo que a gente viveu.
ResponderExcluirMas lá no fundo eu tenho a esperança de que isso seja somente um sonho mau, e que ela acorde e as Gilmore Girls voltem a ser o que sempre foram.
Parabéns pra tua mãe, que te tem, e que te ganhou de presente de novo.
Beijo, minha linda!
essa é a forma de amor mais sincera que pode existir no mundo todo. é pura, de verdade e é pra sempre. linda linda linda linda!
ResponderExcluirAh Jaya,
ResponderExcluiracho que eu tinha mesmo que ler você hoje. Ou não, porque ao mesmo tempo que tudo me parece o sentir mais lindo dessa vida me dói um dor tão rouca no coração de saudade da minha mãezinha.
Acho que ninguém nasceu pra ficar longe da mãe não. Uma crueldade sem tamanho, às vezes.
Cê quase me matou. Sentir lindo. Amor lindo!
Beijo procê, pra sua mãe e pra minha mãezinha preta que eu quase morro de saudade dela.
Esse teu amor sempre transpassa a tela e voa doce. As palavras, assim, acarinham quem lê, imagina à quem foi lido? Lindo de doer, Jaya.
ResponderExcluirBeijo.
doçura...
ResponderExcluirteus textos merecem infinitas-eternas-declarações de amor (lá do fundo).
mas dessa vez não vou fazer isso, porque esse texto é uma declaração exata, não sobra, nem falta. assim como MÃE.
você foi perfeita. e eu tive um tico da minha neguinha aqui também. elas são tão maravilhosamente iguais né?! (cochichando).
nega, preciso dizer: um dia eu quero te ver. mesmo que seja do outro lado da rua. você ascena, e eu tenho certeza que você existe. depois te deixo continuar por aqui. prometo. mas isso será um dia...
um beijo doce, nocê, toda.
Realmente muito lindo o seu texto, e qualquer coisa que eu disser não vai fazer jus ao seu texto. O amor que você tem pela sua mãe é o que faz você ser o que é.
ResponderExcluirBeijoaks
Jaya Maria..rs
ResponderExcluirVc fez um cara desse tamanho aqui chorar..rs
Talvez pq eu senti uma saudade tão, mas tão, mas tão grande da minha familia, que não coube em mim... já faz mais de 1 ano, e o coração aperta... sinto falta das pequenas coisas, e como dizem: SÃO AS COISAS MAIS CHATAS, QUE SÃO AS MAIS LEGAIS, NO FINAL.
É muito lindo o que vc escreveu, o que o seu coração disse. E me fez, sentir saudade de tudo, que vivi... saudade do cheiro, do toque, do tempero, da gargalhada, do olhar reprovador, do carinho...
... meu coração apertou.
Obrigado, por fazer me mostrar nesse texto, o que eu guardo de melhor aqui dentro.
Bessos.
Jaya. Declaração é pouco o que sucede no texto, é sim, dedilhar de notas que se casam e orquestram um grande concerto. Neste universo é sentido seu sangue derramado como uma cachoeira em bela admiração para os que espreitam sua pulsação. O ritmo, a melodia, é sem dúvida a excelência transbordando dos seus olhos nos olhos do ser que exprime profundo afeto. E mais, tua atenção à letra exprimida, claramente persuadi e admiti o amor que correr nas tuas veias que nasce e vive. O risco assumido à plateia e por mais mais fina, nobre que pareça ser, a letra escrita que tanto identifica, conclama com sinceridade ou fraqueza que poucos usam. Sim, dói desorgulhar a dor boa do amar e expor, e constato que para viver é preciso reconhecer e gritar ao globo o que de dentro há, e analisar o prato a doar, para que o resultado seja eficaz e arrebate o ser tanto ama.
ResponderExcluirFlor, digo que está na lista de blog como minha parada obrigatória, e seja também muito bem vinda ao meu espaço.
Paz,
Priscila Cáliga
Deixei o acesso ao meu blog apenas à leitores convidados. Gostaria de lhe enviar um convite. Envie seu email do blog para o meu: angelica3292@gmail.com.
ResponderExcluirAguardo retorno!
Abraço
E são as mais bonitas e a mais sentidas que eu já li.
ResponderExcluirBeijos Jaya.
Obs.: Em Santos não tem sorvete de Cajá.
Jaya,
ResponderExcluirVocê escreveu para todas as mãos, não apenas para a tua, que de certo é querida e especial! Suas palavras poderiam ser usadas para a minha também, me faz tanta falta estando longe! Lindo, lindo demais!
Que você possa em breve fazer barulho com sua mãe em volta da mesa e deitar em seu colo pra receber cafuné!
Beijo grande! E um parabéns atrasado pra ela! :)
Que texto lindo Jaya! Chorei litros, e a mamãe também, mas tu já deve saber. Beijo gorda :D
ResponderExcluirSem exagero algum, foi a coisa mais linda que já li em toda minha vida. Emoção do início ao fim. =)
ResponderExcluir