Alguma coisa a gente tem que amar.
[Condicional - Rodrigo Amarante]
[Condicional - Rodrigo Amarante]
Eu sempre achei que amor era o mais importante. Essa necessidade de sentir para ganhar sentido. Acho que é aí, nessa hora, que você consegue sacar a vida: quando ama. Aí que tem essa delícia plena de notar-se sempre com treze anos quando descobre-se que aquele alguém também gosta de você. Essa coisa bonita de sorrir e ser sorrido, até que, num piscar, os sorrisos se embaraçam num beijo. É essa possibilidade fantástica de enfiar-se no campo magnético daquela outra pessoa e sentir-se protegido porque estar dentro daquilo é muito bom. E as primeiras investigações. Recitar um diálogo juntos e maldizer aquela poesia que todo mundo gosta e idolatrar aquela música brega e sair dali assustado com o mundo ao notar que ainda existem coisas encantadas. Que dividir um pacote de pipocas no cinema é a melhor desculpa para deixar as mãos se tocarem pela primeira vez. Tenho essa necessidade de ter alguém e sentir que todas as peças desencaixadas de dentro de mim poderiam ser montadas naquele momento, com uma intensidade despreparada ao redor. Daí os outros me dizem das minhas precisões antigas. Das minhas necessidades antigas. Ninguém recorda que quando nasci não teve anjo nenhum me dizendo nada, como Drummond e Chico tiveram. Só me dizem que é foda. Que adoece. Fuço numa lembrança e vejo que sim, já sofri pra caralho, já senti essa dor quase física quando fui deixando um amor partir. E todo mundo já sentiu também porque essa dor é uma dor coletiva. É em torno disso que o mundo gira, por mais que se disfarce. Esse meu amor não foi vivido, mas milimetricamente fantasiado. Coisa ficcional demais que possibilita uma porrada de histórias. Naquela época cheguei a pensar que, cara, o que vai ser de mim se tudo isso minguar? E passou e eu sobrevivi. Agora tem todo esse medo de pirar, porque, honestamente, sinto muito, mas não sinto porra nenhuma. Fico numa angústia, naquelas de estar down e pensar que nunca vou amar ninguém e puta que pariu. Eu comprei essa história. Já briguei. Não consola, disse o verso. Então eu penso e invento de escrever uma canção dizendo que estou sozinha, apaixonada. Para lançar no espaço sideral. Um sentimento no vácuo. Objeto não identificado. Fico nessa onda de sair de mesa em mesa tentando pescar qualquer migalha de amor nos copos alheios, tentando me interessar por pessoas e coisas óbvias quando isso não tem nada a ver comigo. E não tem nada mais patético, nada mais agressivo a si mesmo do que catar raspas e restos desinteressantíssimos. Porque não. Não tem mais nada, cara? E o sentido maior da vida? Questões e um desespero estonteante porque saio de uma cidade para outra acreditando que agora eu vou entender essas existencialidades malucas que se agarram em minhas entranhas. Mas, olha só aqui pra mim, que tal essa pose? Ideologiaeuqueroumapraviver. Fico aqui, parada, cada vez mais só, porque é o que acontece quando se acha mais da metade do mundo vazia demais, superficial demais. Ao mesmo tempo em que me invade essa certeza de ter nascido blues demais. Mas não se preocupa não, ainda tenho essa paciência para acreditar, para amansar a dor, para sepultar um sentimento e regar o outro que nasce. Eu não atendo o telefone, não consigo. E também não tenho para quem ligar no meio da noite e dizer que tá doendo pra caralho, vem me ver, por favor. Ninguém para atravessar a cidade por mim. Eu preciso chorar com coisas lindas, como quando assisti à peça Aqueles Dois e saí dali desnorteada de tanto amor por um dos atores. Preciso de muita energia mágica concentrada, como naquele outubro debaixo do céu de Salvador com Marcelo Camelo berrando que Deus vai dar aval sim e o mal vai ter fim. E Deus, meu Deus? Porque sou muito centrada, muito doada, muito osoutrosdepoiseu. E nesse mês de abril recebi tantos socos, afoguei tantos sonhos nos meus travesseiros, suei frio de tantas saudades, perdi três quilos. Amor é meu tarja preta, mas tá em falta e eu sou completamente viciada. Sentir sempre foi a minha droga, onde será que encontro uma embriaguez levinha? E ainda tem essa obrigação filha da puta de ficar contente porque se você quer se isolar e sofrer tudo da maneira como tem direito, ninguém deixa. Aparecem os colos necessários, os convites para um porre, mas também tem muito conselho que não serve para nada porque as pessoas ainda não entendem que sempre que alguém está doendo vai achar que não tem dor maior no mundo do que a sua própria. O que, aliás, eu acho muito justo. Ser egoísta na dor é necessidade. Aí fica assim, a realidade toda fodida e eu sem nem sequer saber como me iludir. Só me iludo na hora errada, na hora da paixão, quando começo a ficar cheia de asas e a espalhar excesso no meio das fantasias. A realidade do sentimento é sempre mais fraca, o que salva é a poesia. O que a gente pensa oferece abertura a tendências que se desviam do que de fato é. Dois níveis - emoção e razão. E é tudo tão doído também, tão perverso. Tem essa correria, essa loteria, essa minha pressa em sair de casa quase esquecendo de levar o coração junto. Amar é tão de graça, cara. Eu sei porque já estive lá. Sei que existe. Existe todo esse blábláblá e clichês e mimetismos. Vai ver estou andando pelos lugares errados. Não tenho nada nas mãos, aqui. Lugares geográficos, esse é o problema. Não caibo. E sempre estrago tudo. Porque quando a coisa fica bonita demais eu vou me autossabotando até não existir mais nada. Medo do que me faz bem, de ser bom. Não tenho esse dom de atuar em cima da vida pagando de normal, de ahcomoesseassuntoéinteressante, mecontamaissobrevocê, porque não rola. Não tem espaço. Eu preciso chegar, olhar no olho e dizer, benzinho, estou loucadevocê. As projeções que comprei ao longo do tempo, malditas, diminuem qualquer emoção real. Deixa pra tocar o chão depois, sabe. Sonho não se dá, diz o Ruivo. As medidas do Bonfim, tantas, ainda hoje não me valeram. E a cada uva que conhece minha boca nos finais de ano, é um amor que engulo em pedido. Já andei exausta de tanta ternura. Desmantelada. Hoje, meu amor é um casaco jogado no chão, de braços abertos, esperando quem saiba vesti-lo.
Existe alguém para me libertar.
PUTAMERDA, Jaya.
ResponderExcluirNão sei pq, mas eu senti que tu ia postar hoje e fiquei esperando.
Ah, nêga! Eu que falo tanto tô sem palavras..
Chorei. Sei que não é novidade, mas hoje chorei porque me li aí em vários pontos desse seu texto lindo. Porque tu colocou no papel, da forma mais linda tudo o que tenho vivido e sentido. Já conversamos sobre isso, lembra?
Sei bem o que é sentir isso tudinho aí. É FODA! FODA! MESMO!
Ó, li duas vezes. Estou sem ar. Sei que vou ler mais umas tantas. Sou viciada nas suas letrinhas e tu bem sabe.
Tô aí contigo, pertinho. Esquece não.
E agora, te dou um abraço tão, mas tão apertado que transborda afeto para todos os lados.
Te beijo, bichinha.
:*
P.S.: Parabéns! Só tu, mermã. Só tu pra fazer isso com as palavras. E comigo. :)
Pra mim, a parte crucial do texto:
ResponderExcluir"[...] para amansar a dor, para sepultar um sentimento e regar o outro que nasce."
É essa ideia que vai permear o seu texto. É, talvez, o seu inconsciente dizendo: "ei, nós sente sim. Não tire isso de dentro de nós".
Gostei da forma do texto. Saramago mandou lembranças. hehehe
Deu a impressão de que você tinha a urgência de dizer isso. E acho que tinha mesmo.
Você deixou transparecer visões de mundo no texto. Talvez elas tenham sido influenciadas pelo momento.
No mais, o que posso te dizer com certeza é: você não é vazia. Tem muita coisa bonita aí dentro. E você pratica.
Certo?
Beijo, Jaya.
Sabia que você ia escrever no dia do meu aniversário. SABIA.
ResponderExcluirE Limãozinho, existe, sempre existe.
Beijo.
Jaya minha querida, vc não faz idéia do que o teu texto me fez. De verdade... ando tão triste e já faz tempo, meu amor tb foi fantasiado, e minhas fantasias foram pisoteadas. E mais, a tristeza me tomou e agora, tomou a minha vida social tb, pq tristeza demais, cansa os outros a teu redor, ta doendo tanto querida, e eu tb num impulso egoísta acho que é a dor mais forte do mundo e que ninguém sofreu assim... a “medida do Bonfim não me valeu” e ele “levou meu sorriso no sorriso dele meu assunto” ... oh querida... pode gritar e dizer que ta doendo... eu sempre vou te ouvir e vamos doer no coletivo.. empresto meu peito quando o seu encher demais de dor...
ResponderExcluirBjos querida
Saudades suas... e que amanhã tenha sol pra nós.
P.S "Eu sei é um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim"
Vc, como sempre: arrepia!
ResponderExcluirLindo! Lindo! Lindo!
Meu Deus,parece que vc tá dentro de mim,me identifiquei profundamente com esse texto, lia e as lágrimas escorriam! é tão bom compartilhar esse sentimos por difíceis que eles sejam!
ResponderExcluirQue Deus ilumine teu dia querida!
Jaya bonita,
ResponderExcluirQue lindo!
Sempre...
Acho que estamos parecidas...
Decidi que nada que me faz feliz deve me fazer triste, se faz... Tem alguma coisa fora do lugar!
Amor é pra gente ficar boba e essas coisas todas que vc descreve tão bem, se isso não tá acontecendo não é motivo pra ficar borocoxô... Me dou um dia para pensar no que poderia ser, "Mas não é... vamos seguir?" E ai eu e eu procuramos uma nova razão.
Ainda estou a procura... Mas, às vezes a vida por ela mesmo vale!
"Amar é tão de graça, cara"
Estamos ansiosas pelos próximos capítulos, não?
É porque sabemos que vem muita coisa boa por aí! Ô se vem!
Muitos beijos do Rio pra Salvador! :)
olha eu aqui de novo. e de novo pensando naquela velha história: como você pode?
ResponderExcluircomo você pode escrever as coisas tão assim, bonitas e verdadeiras?
eu me sinto exatamente igual e tenho uma preguiça do mundo e das pessoas que a gente segue buscando mesmo que em silêncio pra preencher isso daí, que chamam de amor. e o mais digno é não admitir pra ninguém que no fim é só isso que a gente quer. por que, né?
jaya, querida, passei um tempo longe e hoje tive um tempinho e resolvi aparecer e a sensação é a mesma desde a primeira vez: quando eu leio um texto seu me sinto tão bem, tão eu que é um estado meio inexplicável. bom, isso é comum e todo mundo te fala mas enfim, o que eu quero dizer é que não mudou.
que venha o amor, se é que ele vem. senão estaremos sempre aqui, escrevendo pra passar.
beijão querida
(não abandona o twitter!)
Nossa, eu pensei tanto em você ontem. Pensei hoje, no elevador. Pensei que você tava sumida demais. Senti saudades. Pensei em dizer um oi no facebook pra ver se você responde, se você tá viva.
ResponderExcluirOlha, eu não quero dar conselho nenhum. E nem discutir se a sua dor é maior ou menor. E muito menos (ai, isso é o que eu mais odeio) dizer que sei como é, que já passei por isso. Porque não sei. Talvez eu já tenha sentido. Mas agora quem sente é você. Quem sabe como é isso, só você.
Mas eu desconfio que você esteja precisando de um porre. Daqueles!
Caralho, Jaya. Puta que pariu.
ResponderExcluirNossassinhora, vc é demais guria!
ResponderExcluirDisse tudo que eu queria dizer há tempos, mas não sabia como.
Gosto tanto de seus textos, me fazem um bem do caramba!
Muita paz, muito amor*
Bjs
Tive que voltar pra ler de novo. Porque, aff, Jaya! Você já disse tudo. Já arrancou tudo daqui de dentro. Deu um fatality e fechou com a minha cara. E ponto.
ResponderExcluirSem mais.
;*
Quando entrei na varanda e vi que tinha uma cadeira por lá pensei que era a Solzinha... A única que anda por lá sempre! HAHA E me surpreendi por ver você lá, toda linda. Foi instantâneo aparecer aqui, então. E se me permite, que texto fudido de bom hein? Me vi em tantas linhas, mas tantas que nem sei mais se era mesmo de você que ele falava. Okok, eu sei que era, mas deu pra confundir vai. (:
ResponderExcluirHá umas 2 ou 3 semanas atrás encontrei uma amiga de muuuuitos anos no MSN. Não nos falamos mais tanto qnto eu gostaria, ela está morando em São Carlos agora, mas só sei que toda vez que a gente conversa, ela me dá um sermão daqueleeees! E esse último tá gravado aqui até hoje. E ela disse exatamente assim: "Você se autosabota, Glau. Todo santo dia você acorda e se autosabota. Não entendo. Você é tão inteligente pra umas coisas e tão burrinha pra outras." - pois é. Ela me chamou de burra. E o sermão inteiro foi uma verdade tão grande que acho que por isso ainda guardo todas as palavras dela comigo e fico tentando dar um jeito de enfiá-las dentro de mim para que eu realmente acredite nisso. Eu me autosaboto.
Enfimmm, virou desabafo e esse não é o caso. Um email seria mais apropriado, né? HA!
Você foi perfeita aqui de novo. Conseguiu botar pra fora o que você sente e fazer com que as pessoas sentissem afinidade pois sentem ou já sentiram o mesmo. Somos seres humanos.
Pra terminar, faço 25 daqui alguns dias. A vida tá passando. Cadê a porra do meu amor? Cadê?
Passou.
Te amo. C sabe.
Estou completamente apaixonada por suas palavras cheias de cansaço e amor.
ResponderExcluirEstou aqui admirada com o grau de intensidade desse teu texto. Fico imaginando, que quando você começa a dedilhar as letras no teclado, antes você deve colocar o coração, as vísceras, e a alma à sua frente, e em seguida anunciar o seu pedido: Vamos, podem mostrar-me para onde devo ir.
ResponderExcluirÉ isso o que imagino, porque não consigo ver outra coisa senão âmago e veemência entre as suas linhas. E eu li cada palavra com aquele apertozinho na garganta, e no final libertei um suspiro esperançoso com o trechinho de LH.
Então Jaya, estou muito encantada com a sua escrita tão singular, cheia de sonoridade e - com toda a certeza - lirismo.
Um beijo.
quase sempre escrevo sobre isso, Jaya. Vê que o que não adianta nada de nada fica mais claro mesmo com o tempo, ai, cm vc disse:-só resta a poesia.
ResponderExcluirE essa métrica seguida que me deixou quase sem fôlego? aahahah Hoje foi tua vez de ser cheia de incompreensões, vírgulas. Quase paradoxal. E na boa, não cita mais Objeto não identificado por que quanto mais eu leio mais ouço a Gal cantando, quase berrando pedindo aquilo que a gente tanto quer.
ÉGUA.
Há flores pra ti, ainda.
=*
Ô Jaya, vai te foder, na moral.
ResponderExcluirEu tô me sentindo tão, mas tão, mas tão assim que até dói. Aquela dor física desgraçada se assemelhando a um infarto (dói BEM no coração.)
Vou me isentar da culpa e dizer que falta gente diposta a amar tanto.
Ah, a gente devia bater um papo SÉRIO hahaha
Beijo, nega.
Chorei da décima linha até o fim do texto. E ainda sinto uma lágrima meio solitária descendo pelo meu rosto. É tão eu, saca? "Fico nessa onda de sair de mesa em mesa tentando pescar qualquer migalha de amor nos copos alheios, tentando me interessar por pessoas e coisas óbvias, quando isso não tem nada a ver comigo".
ResponderExcluirE dói. Essadorquasefísica. Dói, mas é quase masoquismo, por que mesmo sabendo que vai doer, eu me entrego a relacionamentos como se fosse uma criança. Vivo como se fosse único, como se fosse o último. Desejo quesejaeternoenquantodure. E depois choro. Desabo. Desisto. Desisto de mim, das paixões e dos amores. Desisto do amor. Do amor sentimento, do amor sublime. Desisto de encontrá-lo e passo a nem acreditar mais nessa bobagem toda.
Bobagem, babaquice, estória da caroxinha. Então me lembro de Katy Perry e de sua nostalgia infantil quando remete à Branca de Neve para falar de amor. Daquele amor dos filmes. Daquele amor que não existe na vida real. "One day my prince will come". "Um dia meu príncipe virá". Virá porra nenhuma! Os príncipes estão ocupados demais para se casar hoje em dia. E os que não estão ocupados, nunca quererão "casar" comigo. Talvez me queiram por uma noite, mas casamento está fora de cogitação.
Enfim, este sou eu às duas e treze da manhã de domingo, pensando no que eu tenho feito de mim nestas últimas semanas. E não, eu não tenho a menor ideia do que é que eu tenho feito.
ha!!! Minha querida... Todos se identificam pq amor e aceitação são sentimentos universais...
ResponderExcluirO ser humano é perverso, egoísta mesmo. Está na nossa essencia! Amor incondicional só de Deus. Quando entendi que meu amor para com o outro não é porcausa do OUTRO, por merecimento.. nada disso. Ngm merece o amor de ninguém!Mas amo o outro, esse outro que me rejeita e maltrata que machuca, e continuo amando... Pq amo, simples assim. E sobretudo pq sinto o amor incondicional de Deus por mim e pelo esse mesmo outro que me machuca sem nem perceber muitas vezes, e eu? será que nunca machuquei ngm? Claro que sim!Machuco todos os dias esse outro(s) que me cercam, que me amam, sem eu me dar conta disso. é por isso, por Deus que me dar todo amor incondicional e ainda me mostra o mal que faço com os outro(s) Amo! e acredito no amor
Não se desespere e nem ache que está só. Se buscares Deus de todo coração encontrará um amor infinito que te capacitará amar, ainda mais vc mesma e os outro(s)
B-jos Querida
Vontade de te escrever um email.... :p
ResponderExcluirJaya, que coisa linda. Depois do que eu li aqui não vou mais me olhar no espelho. De repente me vejo refletida nas tuas palavras. Sim, como dói querer amar, o quê? Eu não sei mais...beijo.
ResponderExcluirINCRÍVEL.
ResponderExcluirHá de vir gente sentindo frio. Sempre tem alguém que sente frio. Problema é esse alguém que sente frio encontrar teu acaso perdido no chão.
ResponderExcluirQue aconteça.
Querida, esse gelo aí, ó, morava aqui também. Espero que não volte, e espero sinceramente que ele te abandone, também. O mundo não perdoa os sensíveis, eles esmagam a gente as vezes mas depois, depois você vai juntando esses pequenos amores avulsos e certos pelas coisas bonitas que não nos traem e acaba se completando de novo. Não sei pq é que o séc XXI cismou de ficar assim ruim, sem gosto, insosso. Sei que por aí, essa materia do blues ainda respira, impossível de calar. E que parece mentira mesmo, como todos os ditados, quando você se der conta...ficou açucarada e doce de novo. Fazer o quê.
ResponderExcluirleitura de um fôlego só.
ResponderExcluirsôfrega.
sensação que só voltei a respirar no final.
=)
Vai escrever pra mim assim lá no além sua safada.
ResponderExcluirCada palavra, cada vontade de chutar o mundo no itálico, cada tudo foi pra mim e por mim.
Acho que mais uma vez né?
Trio parada dura: Amarante, você e o cara lá do Tripé.
Beijo Jaya.
vou ficar aqui, calado, quietinho no canto, prometo não atrapalhar, te sorrir incentivos e gargalhar com teus palavrões.. vou ficar, tá?
ResponderExcluirmeu silêncio é mais seu.
eu tô.
aqui.
eu tô
:*
Jaya,
ResponderExcluirCadê você no Facebook?
Eu não comento mais nada aqui porque você apaga. :-)
Bju!
Jefferson,
ResponderExcluirApaguei o facebook também. E agora, comofas? (:
Tô no twitter. Se não tiver, me escreve?
Beijoca.
Explico, sim, assim que der, puder, deixar estar e a gente se esbarrar, minha pequena... mas a essencia continua a mesma, só pude, enfim, tirar a mascara que tanto incomodava. rs
ResponderExcluirSeu texto... bom, chorei. Escreveu pra mim, sabe? Vicio louco esse de amar, né? E pior que fica um vazio lá dentro, que parece que nunca dá pra preencher... enfim, moça, vir aqui sempre me faz bem e é onde eu venho buscar colo, as vezes, nessas tuas certas - pra mim -, palavras.
Volte pra me ler, sei que sumi um pouco, mas sinto falta de vc com suas cores lá. Ou mesmo em preto e branco, é bom te ter por perto.
Até.
Tenho me sentido assim também.
ResponderExcluirSempre encontro as palavras do que eu sinto aqui.
Beijos
Eu não tenho esse tar de tuiti não dona moça...qual e teu email? O meu e jeffersongoncalves@ymail.com
ResponderExcluirPor que vc apagou o coitado? Ele nao te fez nada. Ja percebi que vc tem essa mania...rsrs
Bju!
Jefferson
Putaquepariu, Jaya!
ResponderExcluirOlha, me lembrou a Dama da noite do Caio F. Abre, aquela pateta ridícula que ainda espera o verdadeiro amor, sabe?
Esse texto ficou muito, mas muito bom mesmo!
Beijo, flor!
Todo os amores tem o mesmo nome: Amor!. E não pe de leve nem suave quando o amor vem é quente, é olhos que brilham, é o ser querer mais e mais sem parar. o amor acontece quando não se ve. amor gosta de surpresas.
ResponderExcluirOtimo texto!
Querida poeta,
ResponderExcluirtu tens a capacidade de ler meus pensamentos. Quando postou, esperei. Hoje quando li, cá estava apto a sentir exatamente o que escreveu. Amo pq amo, e n peço nada em troca. E como isso me (re)faz vida!
Muito obrigado querida!
tem poema novo no "Um poeta, várias poesias", se possível dê uma passadinha lá!
bjo!
Bonini,
ResponderExcluirPerdi seu link há tempos, por isso nunca mais apareci entre os poemas. Manda novamente, assim que der?
Um abraço e obrigada sempre.
Jaya...retribuir sua visita e me deparar com este texto fantástico é quase um soco no estômago se não fosse um abraço pra alma! Lindo texto, linda escrita, coração falando mais que bonito nas tantas linhas! De cara, fiz algo que qiase nunca faço: li como se fosse um monólogo teatral...rs...e não é que ficou bom?! Que coisa linda de ler e sentir...adorei!!!!
ResponderExcluirJaya, vc eh um soco no estomago.
ResponderExcluirAmo te ler.
Um beijo daqui!
Sem Palavras, Muito bom.
ResponderExcluirSucesso sempre.
Oi Moça,
ResponderExcluirSaudades!
Como sempre escrevendo com a alma.
Lindo!
E a cada sonho que surge todos os instantes. Vamos celebrar a vida em sua plenitude e vivê-la sem medo
Bebendo suas dádivas
e dores.
É a vida
beijos
Hello é a 2ª vez que vi o teu blogue e gostei tanto!Bom Projecto!
ResponderExcluirCumps
Que saudade de vir aqui e ficar sem ar com teus textos
ResponderExcluir=)
Eu não te conheço. Ou te conheço pelo que escreves aqui. Eu não comento em tudo por uns motivos meus. Eu gosto do que você escreve. Pra caramba.
ResponderExcluirHoje, eu só sei duma coisa: queria te abraçar. Um abraço que durasse uns minutos. Pra poder sentir esse texto no toque.
Porque é bom quando a gente encontra um pouco da gente nas palavras dos outros. Nesse caso, não foi só um pouco.
Assim, Jaya, se não for nessa vida, em outras próximas vidas você casa comigo?
ResponderExcluir:)
Você contextualiza vida com poesia mesmo sofrida. Você é amor demais que até dói e dá vontade de cuidar.
Você,por mais que possa parecer clichê, é impar; embora seja o melhor par desse mundo - não esqueça.
Beijos, poesialindaefantástica.
E resta o searrependerounão ou não das escolhas que poderiam ter sido feitas. Não conhecer o bendito tarja preta e se manter limpa imaculada e sem as marcas de expressão do choro. Sem as marcas na carne... Sem as marcas do sorriso.
ResponderExcluirMas como a merda está feita "e quando eu vi não dava mais tempo de tirar" (citando Lispector só pra sacanear...), acredito muito que o botão do TENHO DIREITO À DOR EGOÍSTA é mais do que imprescindível. Me vi muito nesse condicional... E atualmente tenho amado... Sejamos sinceros... Nada. Talvez, não seja tão horrível assim, se não esperarmos a mudança (exercício diário de desapego... Quando o amor ou qualquer similar paraguaio chega, é tão mais recomfortante! Mesmo que seja só o similar made in Taiwan)... Se não planejarmos no terreno do incerto, se lavarmos o casaco jogado no chão e, de vez em quando, o vestirmos, nem que seja para saber que há beleza e nos admirarmos ao espelho, acalma um pouco o "tá doendo pra caralho". Comigo funciona. Ou não, talvez esse tipo de atitude so tenha me transformado num mentiroso melhor, mas neste caso, os fins justificam. Quem liga para o correto? Que haja algo que acabe com a dor! Se o analgésico é ilegal, imoral ou engorda... Não tira a sua legitimidade de querer administrá-lo.
Mais amor de você pra você, porque você tanto pode quanto merece, e essa relação eu acredito ser mais importante que qualquer outra externa, real, imaginada, projetada ou whatever.
Se escrevi muita besteira ou se houver erros ortográficos é porque meus dedos estão congelados a 9° aqui em SP>.. rsrsrs
Beijaya!!!!!!!!!!!!
Saudades de te ler com tempo, coração aberto no princípio e rasgadamente pulsando ao final...
Jaya, saboroso o formato do seu recanto, uma sensação de abertura, expansão [alargar da tenda] e tamanha beleza dá aos seus escritos, densos, articulados e cativantes. Cada partícula exprimida arrebata o leitor, e tudo que atrai, no final, traz transformação - reflexionar diante muitas situações: caos.
ResponderExcluirp.s: Amei de forma gritante o enredo, todo esse vômito letrativos recheado de qualidade e envolver elouquente.
Abraços
Priscila Cáliga
Wow!!!
ResponderExcluirEstou sem palavras...
O que comentar???
Está perfeito!!!
Bjs
Lorena e Jaime,
ResponderExcluirObrigada por todo o sentimento dividido. Por permitirem que eu me deixe um pouco em vocês. Somos todos maiores, nesse gesto.
Obrigada pelas palavras deixadas. Escrevo aqui por não saber encontrá-los.
Achei simplesmente maravilhoso o texto.
ResponderExcluirVoltei e reli, lindo, lindo! bjs moça!
ResponderExcluirNão vi seu recado, passei aqui pra dizer que já vim umas 3 vezes a procura de postagens novas. N quero nunca apressar, mas sinto saudade.
ResponderExcluirhttp://bbonini.wordpress.com
ateh jaya!
abss e bj
Porra, Jaya.
ResponderExcluirPorra, Jaya. Atualiza logo essa porra.
ResponderExcluirOu então me foderei bonito.
ResponderExcluirSou louca por demonstrações de afeto.
ResponderExcluirJaya,
ResponderExcluirNão sei como cheguei até aqui... Realmente não sei! Mas isso não importa, porque o importante é que eu cheguei... E li! Li um texto SENSACIONAL.
E sim, sempre existe alguém para nos libertar. Às vezes, nós somos esse alguém...
Eu mergulhei aí e encontrei fragmentos de mim.
Perfeito o seu texto!
Beijos
Jaya,
ResponderExcluirMe desculpe pelo texto, achei num site de pensamentos e textos para depoimentos no orkut, com autor desconhecido. Por esse motivo, achei não ter problema. Mas, já está excluído, com minhas sinceras desculpas.
Gostaria também de te elogiar, e dizer o que já deve saber: Você escreve muito bem! Meus parabéns.
Bjinhos
Sâmy
Ai, ai, Jaya, também quero essa libertação.
ResponderExcluir--
Há alguns milhões de anos atrás você perguntou o que estou cursando agora que larguei a matemática, pois bem: odontologia é o que faço agora. serás minha cliente? hihi
;**
Não canso de ler. Me vejo em cada linha desse texto e quase posso racionalizar o que eu sinto.
ResponderExcluirBeijos
Vim aqui te dizer que agora temos um grupo no facebook chamado "Blogueiros" e que ja foi comentado algumas vezes que precisamos lançar a campanha "Volta Jaya".
ResponderExcluirAí eu reli seu texto e chorei tudo de novo que tinha chorado na primeira vez que li. E olha que esse eu não li uma vez só
Beijos querida
Saudade imensa de vc
"A realidade do sentimento é sempre mais fraca, o que salva é a poesia."
ResponderExcluirJaya, o que é isso? Desapareço por quase 1 ano (ou mais), volto pra visitar você e leio algo que pensava ter sido percebido só por mim. Escreve muito, você. Muito!
Continue linda em palavras.
Lay (do antigo "Simples").